“Olha apenas para o mundo à tua volta de forma perspicaz e confia nas tuas próprias reações e convicções.”, Ansel Adams, EUA (1902-1984)
Cada workshop de fotografia de rua é uma caixinha de surpresas. Nunca sabemos o que nos espera, nunca sonhamos o que os nossos participantes são capazes. No final, os resultados surpreendem-nos sempre!
Sábado, 15 de Setembro e o relógio marca as 10 da manhã. O último workshop em que tive o privilégio de vestir a farda de formador fotonature foi há mais de dois meses e para falar verdade já estava com saudades de voltar a partilhar convosco esta paixão imensa pela fotografia.
Mais um workshop fotonature que reuniu um grupo fantástico de participantes, muito interessado e ávido por conhecer as técnicas que envolvem os segredos da fotografia Time Lapse, a qual deu corpo e tema ao nosso workshop de Setembro.
O workshop começou com a habitual apresentação dos participantes, que após dois dedos de conversa rapidamente se sentiram ambientados ao espírito de amizade que caracteriza os workshops da fotonature. A sessão teórica decorreu muito bem, com formandos participativos que não deixaram passar em branco as suas dúvidas, aliás, uma questão que a fotonature faz sempre questão de reforçar no início de cada workshop. As dúvidas, são para ser esclarecidas logo no momento, sem medos ou receios, porque todos aprendemos e ninguém nasce ensinado. Após a parte inicial dedicada à astronomia, seguiram-se assim as outras duas partes mais técnicas e voltadas para a fotografia nocturna e astrofotografia.
Este primeiro workshop de astrofotografia e paisagem nocturna que tive o grande prazer de ministrar conjuntamente com a preciosa ajuda do Nuno Luís, foi sem dúvida inesquecível. Como elemento mais recente da fotonature, serviu para marcar a minha integração nesta fantástica equipa que se tem distinguido no mercado nacional pelo: profissionalismo, bom gosto, simplicidade, proximidade e acima de tudo, pela grande dedicação ao projecto e a todos os participantes. São vocês que permitem chegar cada vez mais longe a “marca” fotonature. O meu Obrigado a todos os participantes.
Na fotonature partilhamos de muitos lemas e um deles é descentralizar! Depois de termos visitado a cidade do Porto e navegado até à dourada ilha do Porto Santo, chegou a vez de rumarmos a Sul, até à bonita cidade de Évora. Embora seja com muita pena que notamos que estes eventos passam ao lado da maior parte dos apaixonados pela fotografia das zonas onde fazemos questão de levar os nossos workshops de viagem, é também um prazer dar a conhecer aos Lisboetas que tendem a encher as nossas sessões outras paragens, outros pedaços de um Portugal vibrante que sempre nos encanta.
Uma coisa essencial à justiça que se deve aos outros é fazê-la, prontamente e sem adiamentos; demorá-la é injustiça.
Jean de La Bruyère
Foi com uma enorme e apoteótica salva de palmas que nos despedimos deste workshop e dos 12 magníficos participantes que, ávidos de visitar e conhecer “locais muito pouco comuns” do idílico Parque Natural do SW Alentejano e Costa Vicentina, nos acompanharam por esta épica epopeia por terras do sul.
Quando ela passa já toda a gente exclama,
É a mais linda flor do bairro de Alfama.
Poema a Ester Caldeira
Diz o povo que não há duas sem três, mas São Pedro decidiu quebrar a magia do ditado e espalhou sol e calor pela terceira data marcada para a realização do último workshop de fotografia de rua fotonature.
Na fotonature costumamos dizer que os nossos workshops são verdadeiras experiências fotográficas. E a nossa primeira incursão fora de portas fez jus a esse mote de forma extraordinária. O workshop do Porto Santo vai ficar para sempre na nossa memória, pelas mais variadas razões, e constituiu um marco admirável na história do nosso projeto.
“Todo o prazer é um vício, porque buscar o prazer é o que todos fazem na vida, e o único vício negro é fazer o que toda a gente faz.” – Fernando Pessoa
É no Extremo Ocidental da Europa, em pleno Parque Natural Sintra-Cascais, que temos o privilégio de contemplar toda a beleza e imponência do Cabo da Roca, “onde a terra se acaba e o mar começa”, como epicamente descreveu Luís Vaz de Camões. Este cabo caracteriza-se pelas dramáticas falésias que se precipitam de forma abrupta para esse mar dono de uma imensidão arrebatadora e cujo génio não dá tréguas a quem ali o ousa desafiar.