Fototrip Costa Vicentina

31 Março, 2016

Desta vez, a nossa proposta passa por uma Páscoa mais radical. Venha acompanhar-nos numa fototrip pela Costa Vicentina e descobrir que esta região maravilhosa de Portugal não é só para surfistas, pescadores e veraneantes.

Ao longo dos anos e após muitas viagens pelo estrangeiro, não me canso de dizer que Portugal, dadas as suas dimensões e pela sua diversidade paisagística é um dos países mais bonitos do mundo. Na Fotonature tentamos dar vida a essa ideia e mostrar essa beleza de diversas formas, seja sob a forma de workshops ou de passeio fotográficos, as denominadas, fototrips.

A faixa costeira que começa no sudoeste alentejano e que se estende até à ponta de Sagres, constitui a maior extensão de costa portuguesa sujeita a proteção, e nos dias de hoje ainda é para muitos portugueses, uma caixa de Pandora por abrir. Um dos nossos objetivos, sobretudo para todos os entusiastas da fotografia, é mostrar que esta faixa litoral não é apenas para surfistas, pescadores e veraneantes.

Para os mais ávidos de explorar e fotografar o desconhecido, em cada baía, em cada enseada, em cada falésia ou em cada escarpa, esconde-se um segredo que aguarda por ser revelado. Normalmente onde se avistam pescadores é sinal de spot fotográfico, ainda que muitas vezes o acesso possa parecer impossível. Muito do que se encontra ainda por descobrir e fotografar por estes lados, requer uma exploração prévia. Normalmente é nas marés vazias que esta região de Portugal se revela e é comum encontrar cavernas, grutas, túneis, praias inacessíveis que de outra forma jamais seriam fotografadas ou simplesmente contempladas. Essa exploração prévia há muito havia sido feita pela nossa equipa…

A nossa proposta era simples: sair do conforto do lar e do ambiente familiar que a Páscoa proporciona e entrar numa aventura única, onde os ovos e as amêndoas dão lugar a paisagens de cortar a respiração, onde a nossa faca e garfo são o tripé e o cabo disparador.

De Almograve até à Ponta de Sagres, são muitas as atrações. Se no primeiro dia nos concentrámos no Sudoeste Alentejano, onde uma caverna marinha recebeu a nossa ilustre visita, não deixámos a costa alentejana rumo a sul sem antes acedermos a uma praia, onde as cordas foram o nosso corrimão. No segundo dia e após cruzarmos a ribeira de Seixe, fomos recebidos, já em terras do Algarve, pela pequena mas carismática vila algarvia de Aljezur. Sendo esta vila um ponto onde se encontram muitos surfistas, visitámos algumas praias que são muito frequentadas por todos os amantes deste desporto, como exemplo disso a praia do Amado e as suas falésias avermelhadas.

Para finalizar em grande esta fototrip, a despedida deu-se na quase deserta Praia da Ponta Ruiva, e mais uma vez pelo segundo dia consecutivo, os nossos incansáveis participantes acordaram bem cedo. Nem a mudança de hora teve piedade dos 14 resistentes. Foi em conjunto que todos contemplámos a imensidão e beleza desta praia que se encontra perdida entre a Ponta de Sagres e Vila do Bispo. Esta praia apenas está habituada a ser visitada por surfistas…


Texto e Fotografias dos Participantes em Acção: Nuno Luís