Neve na Serra da Estrela
Foi em ambiente festivo que decorreu o workshop de neve no Parque Natural Serra da Estrela. O Carnaval é uma das datas mais importantes no calendário de actividades da vila de Manteigas.
Foi em ambiente festivo que decorreu o workshop de neve no Parque Natural Serra da Estrela. O Carnaval é uma das datas mais importantes no calendário de actividades da vila de Manteigas.
“Noite e Dia no Alqueva” era a desculpa perfeita não para um piquenique, mas para mais um fim-de-semana Fotonature repleto de fotografia, desde a tarde ao anoitecer, e da madrugada ao amanhecer. O que começou com um interessante grupo de 12 pessoas, 10 participantes e 2 formadores Fotonature destacados para a aventura que se adivinhava, o Nuno Luís e o Miguel Claro, terminou como um grupo de bons amigos, que partilharam juntos experiências e conhecimentos em prol de uma mesma paixão, a fotografia nocturna e diurna.
Decorria o ano de 2007 e ainda dava os primeiros passos pelo mundo da fotografia de paisagem quando conheci alguns dos locais mais icónicos de Mértola e que até então apenas faziam parte do meu imaginário. Durante essa viagem fotográfica que realizei, a primeira, conheci a região durante a Primavera e fiquei simplesmente deslumbrado com a sua beleza e diversidade. Nomes como o Pulo do Lobo ou a Mina de São Domingos, até então, apenas conhecia de breves diálogos mantidos com o meu pai.
Na realidade trabalha-se com poucas cores. O que dá a ilusão do seu número é serem postas no seu justo lugar.
Pablo Picasso
São 19 horas da tarde do dia 16 de Novembro de 2012 quando na companhia do Luís Afonso deixo Lisboa rumo ao centro do país e de encontro à Serra da Estrela. Para muitos, a única época do ano para visitar o ponto mais alto de Portugal continental restringe-se ao Inverno, devido à neve, mas para nós, amantes da fotografia de paisagem, o Outono assim como o Inverno, é outra das épocas que torna obrigatória uma incursão a este Parque Natural.
Para alguns do algarvios que encontramos este fim de semana, o Algarve é um país à parte do nosso Portugal. Na fotonature não vamos tão longe, mas não há dúvida que a costa sul da alma Lusitana é mesmo uma coisa do outro mundo. Não é por isso de estranhar que muitas entidades estrangeiras considerem algumas das praias do Algarve como das mais belas do mundo. E foi este universo de sonho, de um azul turquesa profundo, que serviu de palco ao segundo workshop de paisagem natural de nível avançado do ano.
Sábado, 15 de Setembro e o relógio marca as 10 da manhã. O último workshop em que tive o privilégio de vestir a farda de formador fotonature foi há mais de dois meses e para falar verdade já estava com saudades de voltar a partilhar convosco esta paixão imensa pela fotografia.
Uma coisa essencial à justiça que se deve aos outros é fazê-la, prontamente e sem adiamentos; demorá-la é injustiça.
Jean de La Bruyère
Foi com uma enorme e apoteótica salva de palmas que nos despedimos deste workshop e dos 12 magníficos participantes que, ávidos de visitar e conhecer “locais muito pouco comuns” do idílico Parque Natural do SW Alentejano e Costa Vicentina, nos acompanharam por esta épica epopeia por terras do sul.
“Todo o prazer é um vício, porque buscar o prazer é o que todos fazem na vida, e o único vício negro é fazer o que toda a gente faz.” – Fernando Pessoa
É no Extremo Ocidental da Europa, em pleno Parque Natural Sintra-Cascais, que temos o privilégio de contemplar toda a beleza e imponência do Cabo da Roca, “onde a terra se acaba e o mar começa”, como epicamente descreveu Luís Vaz de Camões. Este cabo caracteriza-se pelas dramáticas falésias que se precipitam de forma abrupta para esse mar dono de uma imensidão arrebatadora e cujo génio não dá tréguas a quem ali o ousa desafiar.
Esta história começa na estrada, a poucos minutos de chegarmos ao nosso destino, a vila serrana de Manteigas. Passadas cerca de duas horas e meia, a habitual cavaqueira que se gera nas viagens em fim-de-semana de workshop entre mim e o Luís Afonso é interrompida de forma abrupta. Mesmo à nossa frente, as chamas consumiam parte da mancha florestal do Parque Natural Serra da Estrela, em pleno Vale da Amoreira. Ver noticias de incêndios nos meios de comunicação social gera em todos nós uma enorme tristeza. Assistir ao vivo cria-nos uma tremenda sensação de impotência…
“O melhor fica sempre para o fim”, costuma apregoar o povo… Mas nós na fotonature gostamos de ser diferentes e decidimos marcar o início do ano de uma forma única e inesquecível. Para isso, inscrevemos como primeiro workshop de paisagem natural do ano uma experiência verdadeiramente memorável em terras do Parque Natural das serras de Aire e Candeeiros.
Por entre grutas e secretos algares, dolinas de cortar a respiração, poljes e canhões cársicos inundados e campos de lapiás, percorremos com os nossos participantes paisagens de sonho que têm tanto de fascinante, como de surpreendente. No fim do par de dias que durou o workshop era comum ouvir alguém dizer “obrigado por nos terem trazido até aqui… não fazia ideia de que isto existia em Portugal” ou “vou ter de cá voltar e trazer mais alguém”…